Mitos e verdades sobre a Gripe H1N1

A gripe A, também conhecida como gripe suína é causada pelo vírus H1N1, que é transmitido pelo ar, de pessoa para pessoa, através de gotículas de saliva de um indivíduo doente para outro saudável. O diagnóstico desta gripe é feito através de exame de sangue, pois os seus sintomas são semelhantes aos da gripe comum, sendo apenas um pouco mais fortes.

Esta gripe é causada pele vírus H1N1 e ela pode ser prevenida através da toma da vacina contra a gripe. Esta é uma vacina trivalente, que ao mesmo tempo que protege contra o vírus H1N1, protege também contra os vírus H3N2 e Influenza B, vírus que causam a gripe comum.

Como a gripe A é uma gripe diferente da gripe comum, é normal surgirem dúvidas sobre o assunto, por isso veja alguns mitos e verdades relacionados com esta doença:

Tomei a vacina no ano passado, não preciso tomar esse ano de novo.

Mito. Se tomou a vacina no ano passado é muito provável que precise de tomar novamente esse ano. De ano para ano o vírus do H1N1 e os da gripe comum podem sofrer mutação, o que faz com que a vacina tenha de ser atualizada pelos laboratórios. Porém, nem todos os anos ocorrem mutações nos vírus, e por isso é recomendado falar com o seu médico ou farmacêutico para saber se precisa ou não de tomar a nova vacina atualizada.

Por exemplo, se tomou a vacina contra a gripe do ano de 2015, em 2016 encontra-se apenas protegido contra o vírus do H1N1, mas não dos vírus da gripe comum, o H3N2 e Influenza B, pois esses sofreram alterações e mutações desde o ano passado. Assim, nesse caso para ficar protegido, necessita tomar novamente a vacina.

Posso pegar a gripe A através do consumo de carne de porco.

Mito. É verdade que o ciclo de vida do vírus H1N1 passa pelo porco, mas ele só é transmitido entre as pessoas através da saliva, espirro e contato com secreções do paciente doente, da mesma forma que ocorre com a gripe comum.

Pessoas gripadas podem tomar a vacina.

Verdade. Pessoas gripadas, mas sem febre, podem tomar a vacina da gripe que protege contra o vírus do H1N1. Esta vacina está contraindicada apenas para bebês com menos de 6 meses de vida, pessoas com febre, com doença neurológica ou que tenham alergia ao ovo ou às substâncias timerosal, presente no Merthiolate, e à neomicina.

 A vacina contra a gripe A pode causar morte.

Mito. Essa teoria surgiu devido à presença de duas substâncias na vacina, o mercúrio e o óleo de esqualeno. No entanto, a verdade é que o mercúrio utilizado é o etilmercúrio, que é um conservante que também faz parte de outras vacinas como a da difteria e do tétano. Já o óleo esqualeno é uma substância que está presente no nosso organismo naturalmente, e que é usada na vacina para aumentar a sua eficácia.

Mulheres grávidas e que amamentam podem tomar a vacina.

Verdade. Mulheres que estão grávidas ou que amamentam podem tomar a vacina normalmente, independente da idade gestacional. No entanto, a aplicação da vacina só deve ser feita após obter a autorização do obstetra.

Os efeitos colaterais da vacina são muito fortes.

Mito. A maior parte das pessoas não sentem qualquer efeito colateral após tomar a vacina, mas quando eles aparecem costumam durar apenas cerca de 2 dias, e os sintomas mais comuns incluem dor no local da aplicação, febre baixa e mal estar geral.

O vírus usado na vacina está morto, e por isso ela não causa a gripe A.

Verdade. Os vírus utilizados para produzir a vacina contra a gripe A são vírus inativados, que não causam doença pois estão mortos e divididos em pedaços. Assim, não é possível ficar doente com a gripe A depois de fazer a vacinação.

Essa vacina só pode ser tomada até uma certa idade.

Mito. Esta vacina é recomendada para todas as idades, porém quanto quanto mais cedo for tomada melhor. Por isso, a partir dos 6 meses de idade ela é recomendada para todas as crianças, para que eles fiquem bem protegidas.

 Usar erva-doce ao invés do remédio Tamiflu funciona para combater a gripe.

Mito. Esse mito surgiu porque a erva-doce também possui o composto anis estrelado, que é usado para fabricar o remédio Tamiflu. No entanto, o anis usado no Tamiflu é retirado de uma planta originária da China, não sendo igual ao da erva-doce encontrada no Brasil e por isso o remédio não deve ser substituído. Porém, se está com gripe A pode tomar chá de erva-doce sempre que necessário, pois tem uma ação expectorante, tônica e calmante. Veja deve ser feito o tratamento da gripe suína para evitar pneumonia.

Além disso, se ficar com gripe é muito importante saber identificar se é gripe A, sabendo diferenciar entre os sintomas da Gripe comum, gripe Suína e Zika.

Publicado originalmente: Tua Saúde

H1N1: alimentos que aumentam a imunidade de adultos e crianças contra a gripe

O H1N1 é um subtipo da gripe Influenza A. Em geral, o aumento do número de casos começa a ser registrado com a aproximação do inverno em junho. Neste ano, contudo, a doença chegou mais cedo e pegou todo mundo de surpresa, principalmente nos estados da região Sudeste, como São Paulo, que já registrou dezenas de mortes. Além de tomar a vacina e de se prevenir com hábitos de higiene, há outra arma muito poderosa para evitar e até combater a doença: a comida!

“A alimentação é a base para a prevenção de muitas doenças. A combinação de alimentos adequada tem o poder de deixar uma pessoa saudável e com boa imunidade para ter mais resistência a gripes e tantas outras doenças”, diz Liliane Opperman, nutróloga, especialista pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

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De acordo com ela, vários alimentos ajudam a aumentar a resistência imunológica, oferecendo ao organismo mais chances para combater o vírus, junto com a hidratação. “Uma porção de oleaginosas ao dia – o equivalente a duas ou três nozes, por exemplo -, duas porções de vegetais folhosos escuros e um dente de alho diariamente podem contribuir significativamente para o aumento da imunidade”, diz a especialista, que reforça: “É importante ressaltar que a alimentação é apenas uma parte da prevenção contra as gripes. A vacina em dia e os cuidados básicos de higiene são fundamentais para prevenção da H1N1”.

Confira aqui uma lista de alimentos para incluir no cardápio de casa e turbinar a imunidade da família inteira:

– Oleaginosas, como nozes, castanhas e amêndoas. Elas são ricas em vitamina E, que é benéfica porque age no combate à diminuição da atividade imunológica.

– Vegetais de folhas verde-escuras, como couve, brócolis, rúcula e espinafre. Eles possuem vitaminas A, B6 e B12, responsáveis pela maturação das células imunes, que ajudam na resistência às infecções.

– Alho. O alimento tem função imunoprotetora e vem com uma boa dose de selênio e zinco, nutrientes que ajudam a evitar gripes e outras doenças.

– Cebola. Ela possui quercitina, um potencializador da função imune que, além de prevenir doenças virais, combate também as alérgicas.

– Laranja, acerola e goiaba. Alimentos fontes em vitamina C melhoram a flora intestinal e aumentam a produção de glóbulos brancos, células que fazem parte do sistema imunológico e combatem doenças como a gripe.

– Shimeji e shitake. Ambos são ricos em lentinana, um nutriente que estimula a produção de células de defesa, aumentando a imunidade.

– Iogurte natural. É rico em cálcio e em lactobacilos, que melhoraram a flora intestinal e fortalecem o sistema imunológico.

– Salmão e sardinha. Esses peixes ajudam as artérias a permanecerem longe de inflamações.

– Água. A hidratação é fundamental porque mantém as vias aéreas úmidas, ajudando no combate ao vírus.

Publicado originalmente: Revista Crescer

 

ESCLARECIMENTO

 

Devido ao cenário nacional em relação a gripe H1N1 e a grande procura da vacina para imunização, informamos que o nosso estoque de vacina triviral e quadriviral esgotou e já solicitamos para a distribuidora uma nova remessa. A vacina quadriviral (ou tetraviral) está prevista para chegar na próxima semana, entre terça e quarta-feira.

A vacina que chegará são pouquíssimas unidades e avisaremos pelo site www.imunita.com.br e pelo nosso Facebook. Por respeito aos que se deslocam até a Imunitá, não faremos atendimento homecare (em domicílio) e empresarial. O atendimento no Centro de Imunização é feito por ordem de chegada mediante distribuição de senha.

Para as pessoas que vieram na Imunitá ou ligaram, pedimos desculpas pela permanência na fila de espera, aguardando o atendimento e também pelo congestionamento das nossas linhas telefônicas. Estamos trabalhando para que todos possam ser atendidos com a qualidade Imunitá.

Agradecemos e contamos com a compreensão de todos.

Surto de Gripe H1N1: o que você precisa saber sobre a vacina?

O surto precoce da gripe H1N1 em 2016, principalmente no Estado de São Paulo, levantou muitas dúvidas da população em relação a vacina da gripe. Como forma de imunizar a população e conter o surto de Gripe H1N1, o Ministério da Saúde decidiu antecipar a campanha nacional de vacinação contra a gripe de 2016.

Como é a vacina da gripe H1N1

A vacina  trivalente previne contra três tipos de vírus influenza e é composta por três cepas (espécies do vírus): uma cepa A/H1N1, uma cepa A/H3N2 e uma cepa B.

Mesmo que o vírus H1N1 não tenha mudado, o vírus H3N2 e a cepa B mudaram de 2015 para cá. Sendo assim, para proteger a população contra eles, foi criada a vacina quadrivalente (também chamada de tetravalente). O antídoto oferece a mesma imunização da vacina trivalente (cepa A/H1N1, uma cepa A/H3N2 e uma cepa B) e conta ainda com uma cepa B a mais, tornando-se mais completa que a trivalente. A vacina quadrivalente está disponível apenas na rede de saúde privada.

A vacina quadrivalente é produzida pelas empresas farmacêuticas privados GSK e Sanofi. A versão da GSK está licenciada pela Anvisa em nosso país para crianças e adultos a partir de três anos de idade, em formulação única de 0,5mL. Já a vacina quadrivalente do laboratório Sanofi Pasteur tem registro na Anvisa de duas formulações: pediátrica, para uso em crianças de seis meses até três anos (0,25mL) e adulta, para crianças e adultos acima de três anos de idade (0,5mL).

A vacina trivalente é tão segura quanto a quadrivalente para proteger contra o vírus H1N1.

De acordo com o infectologista Celso Granato, professor da Unifesp e diretor científico do laboratório Fleury, as pessoas que tomaram ou ainda vão tomar a vacina trivalente não precisam se sentir inseguras em relação a ela, pois ambas protegem contra o vírus H1N1, causador do surto de gripe. O que a vacina quadrivalente faz é proteger contra um tipo de vírus B que é muito difícil de afetar a população.

Quem deve tomar a vacina da gripe H1N1

Devido a uma possível instabilidade do sistema imunológico alguns grupos têm prioridade para a imunização contra a gripe H1N1. Entre os principais grupos chamados de prioritários estão bebês, mulheres grávidas e mulheres que deram à luz há menos de 45 dias (chamado período puerpério, ou pós-parto).

Em crianças e bebês, a gripe H1N1 tende a se manifestar de forma mais grave do que nos adultos.

Em crianças e bebês, a gripe H1N1 tende a se manifestar de forma mais grave do que nos adultos. “Qualquer doença nesta faixa etária é mais grave porque a criança ainda não tem o sistema imunológico tão fortalecido quanto o do adulto”, explica a pediatra Andréa Lucchesi de Carvalho, presidente do comitê de Infectologia Pediátrica da Sociedade Mineira de Pediatria.

Crianças entre seis meses e nove anos que estão tomando a vacina pela primeira vez devem tomar  duas doses da vacina com intervalo de até três semanas.  Já as crianças da mesma faixa etária (entre seis meses e nove anos) que já tomaram a vacina em outros anos, tomam apenas uma dose.

 Adultos e crianças de qualquer idade que já se vacinaram no ano passado ou em anos anteriores e que querem ou devem se proteger precisarão tomar a vacina novamente. Isto porque o vírus da gripe sofre pequenas modificações de um ano para outro. Além disso, o tempo de duração de uma vacina costuma ser em torno de 1 ano. “A imunidade começa a cair a partir do oitavo mês depois da vacinação. Por isso, é importante as pessoas cuidarem da saúde e se vacinarem contra a gripe”, alerta a infectologista Isabela Ballalai.

Sintomas diferentes em bebês e crianças

Outra questão é que em bebês e crianças os sintomas da gripe H1N1 podem ser um pouco diferentes do que nos adultos. “Os sintomas são mais inespecíficos, o pequeno pode só ficar um pouco mais irritado, com dificuldade para se alimentar, mas a febre, sintoma comum nos adultos, pode demorar para aparecer”, destaca Andréa Lucchesi de Carvalho. Por isso, é essencial contatar o pediatra assim que a criança começar a apresentar algum problema de saúde.

Vacinação antes do bebê completar 6 meses

Os bebês menores de seis meses não devem tomar a vacina contra gripe porque ainda não há estudos suficientes sobre os efeitos dela nos primeiros meses de vida. Além disso, acredita-se que a vacina da gripe antes dos seis meses de vida pode não ser tão eficaz, pois o sistema imunológico do bebê não está totalmente preparado. Nesta fase o bebê receberá a proteção contra esta doença por meio do aleitamento materno, desde que a mãe tenha se vacinado contra a gripe. Esse é um dos motivos pelos quais também é essencial que as gestantes e as puérperas, caso não tenham se imunizado na gravidez, se vacinem contra a gripe H1N1.

Vacinação para gestantes

A gripe H1N1 é mais preocupante para gestantes. “A gravidez é um momento especial e modifica todo o organismo da mulher. Entre as mudanças, as gestantes têm maior dificuldade para respirar porque o crescimento do bebê comprime os pulmões e ainda há uma diminuição da resposta do sistema imunológico”, observa a pediatra Andréa Lucchesi de Carvalho.

A orientação é que as gestantes procurem se vacinar logo após o primeiro trimestre de gestação, período recomendado pelos médicos. É importante deixar claro que contrair a gripe H1N1 na gravidez não irá afetar a saúde do feto. Caso a mulher não tenha tomado a vacina durante a gestação, deve tomar no período do puerpério, pós-parto. Os sintomas e o tratamento da gripe H1N1 nas gestantes e puérperas é igual aos dos demais adultos.

Pacientes crônicos e idosos

Pacientes idosos estão entre o grupo de risco e podem ser imunizados na Rede Pública

Além disso, pacientes de qualquer idade que apresentem doença pulmonar ou cardiovasculares crônicas e graves, insuficiência renal crônica, diabetes melito insulino-dependente, cirrose hepática e hemoglobinopatias também têm prioridade para tomar a vacina.

Da mesma forma, devem tomar a vacina pessoas imunocomprometidas ou HIV-positivos, pacientes submetidos a transplantes, profissionais de saúde e familiares que estejam em contato com os pacientes mencionados anteriormente e pessoas de 60 anos.

Importância da vacinação

A vacina contra o vírus influenza, tanto a trivalente quanto a quadrivalente oferece cerca de 70% de eficácia para quem é imunizado. “Isso não quer dizer que as pessoas não vão mais pegar gripes. Mas se pegarem, terão sintomas mais amenos e um sistema imunológico fortalecido”, ressalta o infectologista Celso Granato.

A vacina contra a gripe H1N1 fortalece organismo contra os casos de pneumonia viral, bacteriana e também a Síndrome Respiratória Aguda

Além disso, a vacina fortalece organismo contra os casos de pneumonia viral, bacteriana e também a Síndrome Respiratória Aguda. “Se o organismo está fraco, pode acontecer de o vírus se desenvolver com mais força e desencadear problemas que podem levar à morte”, alerta a pediatra Andréa Lucchesi de Carvalho.

Uma das possíveis hipóteses que explicam o surto de gripe é que o sistema imunológico da população estava “desacostumado” a criar anticorpos contra o vírus H1N1. “Ano passado sobraram vacinas contra a gripe, isso pode ter levado a uma queda nas defesas imunológicas da população e desencadeado um surto esse ano”, opina Granato. Ele diz que não acredita que o trânsito de pessoas vindas do hemisfério norte possa ser a única hipótese para o aumento de casos de principalmente porque as pessoas estão viajando menos.

Efeitos colaterais possíveis

Tanto a vacina trivalente quanto a quadrivalente são aplicadas via intramuscular. Em vista disso pode acontecer a região ficar um pouco sensível no dia. Algumas pessoas também podem apresentar episódios de febre, mal-estar nas primeiras 24 horas.

É comum as pessoas acharem que a vacina causa gripe. De acordo com os especialistas, isso não é verdade, pois o antídoto é feito com o vírus inteiro inativo, em outras palavras, morto. Sendo assim, não haveria como a vacina ocasionar uma gripe. “O que acontece é que o vírus influenza está circulando no ar e pode acontecer de a pessoa estar com ele incubado no período em que tomou a vacina”, explica a infectologista Isabella. É importante enaltecer que a resposta imunológica não é imediata e o organismo só começa a produzir anticorpos contra a gripe a partir de duas ou três semanas depois da imunização.

Contraindicação

As pessoas que apresentam hipersensibilidade ao ovo não podem tomar a vacina, pois o componente faz parte do antídoto. E pacientes que apresentaram alguma reação anafilática precisam se vacinar em ambiente hospitalar.

Onde encontrar

As vacinas trivalente e quadrivalente podem ser encontradas na Imunitá- Centro de Imunização. Ela fica localizada na rua Pedro Celestino, nº 2893 –  Bairro São Francisco. Para mais informações ligue (67) 3042-1515.

Surto sim, epidemia não

Em entrevista, o secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha informou que estamos distantes de uma situação epidêmica da gripe H1N1 e que o aumento de pessoas que manifestaram a gripe está em um local específico.

De acordo com ele, como forma de combater a maior circulação do vírus na cidade, a secretaria está alertando os profissionais de saúde sobre essas síndromes, especialmente a H1N1, e redobrar a atenção com gestantes, cardiopatas ou diabéticos. Além disso, também é importante a saúde pública garantir o Tamiflu (medicamento para tratar a gripe H1N1).

Para o infectologista Celso Granato, as pessoas vêm apresentando um medo excessivo em relação ao vírus H1N1. “A imunização é a melhor forma de se prevenir contra o vírus H1N1, mas é importante lembrar que a vacina é essencial principalmente para a população de risco (grupos prioritários). Se as pessoas que não fazem parte desse grupo quiserem tomar, será muito bom. Mas não tomar a vacina contra gripe não representa uma sentença de morte”, alerta.

A gripe H1N1

A gripe causada pelo vírus Influenza A/H1N1(inicialmente chamada de gripe suína) é uma doença transmitida de pessoa para pessoa por meio de secreções respiratórias, principalmente por meio de tosse ou espirro. A transmissão costuma ocorrer quando há contato, especialmente em locais fechados. Caso ocorra a transmissão os sintomas podem se iniciar no período de três a sete dias após o contato, geralmente com febre alta, em torno de 38C°, coriza, nasal, espirros e dores musculares. Apesar do nome popular de gripe suína não há registro de transmissão da gripe H1N1 para pessoas por meio da ingestão da carne de porco.

Publicado originalmente: Minha vida

Infectologistas ensinam os 5 passos para prevenir gripe H1N1

Médicos infectologistas da Sociedade Brasileira de Infectologia fazem um alerta sobre os cinco principais passos para se proteger contra o contágio pelo vírus Influenza . A vacinação e uma atenta higienização das mãos são fundamentais para se proteger contra a doença, mas cuidados com o sono e a alimentação também pesam na prevenção.

No ano passado inteiro, 141 brasileiros pegaram o vírus, mas neste ano, em menos de três meses (até o dia 22 de março), o estado de São Paulo sozinho já havia notificado 260 casos da doença. Quanto às mortes, o Brasil teve 36 em 2015, mas em 2016, 38 paulistas já morreram em função das complicações da doença.

A médica Nancy Bellei, da Sociedade Brasileira de Infectologia, afirma que a vacina contra H1N1 é a principal arma da população contra a doença. Evitar o contato com pessoas gripadas, no entanto, também é uma medida importante. Vale lembrar que é recomendável que as pessoas gripadas suspendam atividades de rotina como trabalho e estudos, afim de evitar a propagação do vírus em locais com aglomeração.

Nancy também alerta para a importância de manter a imunidade boa. Quando a imunidade cai, o risco de se adquirir o vírus aumenta potencialmente. ?Praticar exercícios físicos, ter alimentação saudável e o sono regular também são importantes para a prevenção”, explica.

Conheça os cinco passos mais importantes da prevenção contra H1N1:

1º passo: Não deixe de se vacinar contra o vírus H1N1. A vacina será disponibilizada pelo SUS em abril para os grupos com risco de maior complicação como o dos idosos, crianças de seis meses a 5 anos, gestantes, puérperas (que acabaram de dar à luz), portadores de doenças crônicas, funcionários do sistema prisional e da área da saúde. Para quem não está nos grupos de risco, é possível tomar a vacina na rede particular;

2º passo: Evite o contato com as pessoas com a gripe H1N1, como abraço, beijo e aperto de mão. Em ambientes fechados, procure deixar as janelas abertas para que haja circulação do ar;

3º passo: Lave muito bem as mãos com água e sabão (inclusive entre os dedos, nos pulsos e por dentro das unhas) e utilize álcool gel para uma higienização completa. Se não for possível, faça pelo menos um dos dois procedimentos;

4º passo: Se segurar em lugares públicos como maçanetas, corrimãos, apoios do metrô e dos ônibus, evite levar as mãos até os olhos, nariz e boca enquanto não puder fazer nova higienização;

5º passo: Evite estresse, ansiedade, má alimentação, dormir pouco, beber e usar drogas. Isso enfraquece o sistema imunológico e deixa o organismo ainda mais exposto ao vírus.

Fonte: Minha vida

Estado de São Paulo vive surto com mais de 20 vítimas da gripe H1N1

A gripe chegou mais cedo este ano em São Paulo e com muitos casos do tipo mais grave, o H1N1. O estado já vive um surto, com mais de 20 mortes.

Com cara de quem acabou de acordar, Lucas sente-se em casa. Na verdade, ele está no hospital. Chegou com uma febre muito alta, de mais de 39 graus. O pai fez o certo: correu para o pronto-socorro e avisou que já tinha tido um caso de gripe H1N1 na escolinha do menino.

“Começaram nos explicar quais seriam os sintomas que aconteceriam caso de fato ele estivesse com esse vírus e infelizmente, todos iam acompanhando: uma coriza, uma tosse, o vômito, que só foi cessado com a medicação, tosse, entre outras coisas”, diz Márcio Miranda, pai do Lucas.

Até o meio de março, no estado de São Paulo já são 157 casos e 23 mortes por complicações respiratórias provocadas pelo H1N1, um dos três subtipos do vírus influenza.

Dessa vez, o que está chamando a atenção dos médicos e das autoridades de saúde é que a circulação do vírus começou mais cedo. Em geral, os surtos ocorrem entre maio e julho, especialmente no sul e sudeste do Brasil, que são as regiões mais frias. Mas, agora, esse ano, o vírus começou a atacar no fim do verão: fevereiro, março.

Ainda não se sabe exatamente porque que é que isso está acontecendo. Mas a hipótese mais provável é que brasileiros que tenham viajado durante as férias para países do hemisfério norte, como Estados Unidos e Canadá, onde o vírus H1N1 continua circulando, tenham trazido o vírus para o país.

A maior parte dos casos aconteceu no interior paulista, na região de São José do Rio Preto. Lá, uma vacinação extra começou essa semana para a população de risco: idosos, crianças pequenas, gestantes e pessoas que têm doenças crônicas. A vacina é a principal maneira de evitar a doença, mas existem outros cuidados.

“Lembrar que o vírus influenza transmite-se basicamente de duas maneiras: através de secreção respiratória, ou seja, tosse e espirro, mas também por contato com objetos, então manter as mãos limpas é muito importante pra que se diminua o risco de contrair a gripe”, destaca o infectologista Marco Aurélio Safadi.

Fonte: Jornal Nacional