Vacina da gripe também é importante para as viagens de férias

Julho é mês de férias e muitas pessoas viajam para diversos destinos nacionais e internacionais, mas esquecem de verificar as vacinas necessárias. O Ministério da Saúde e órgãos internacionais recomendam a vacinação para evitar enfermidades endêmicas e contagiosas.

Todos os viajantes que se dirigem para outros países no momento da epidemia anual da gripe estão potencialmente expostos e são mecanismos de facilitação da circulação viral entre os países. Portanto, os turistas dos grupos de risco (definidos pela Vigilância Sanitária), terão que se vacinar contra gripe antes do embarque. Mas a recomendação também vale para destinos nacionais e pessoas fora do grupo de risco.

Crianças e adultos que vão para áreas endêmicas da febre amarela (Amapá, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Acre, Roraima, Amazonas, Pará, Goiás, Distrito Federal e alguns países da América Latina, África ou Ásia) devem tomar a vacina contra a doença pelo menos dez dias antes de embarcar. 

Segundo o Dr. Alberto Jorge Félix Costa CRM-MS 1266, médico pediatra e diretor técnico responsável da Imunitá Centro de Imunização é necessário checar as exigências de cada destino. “Cada local tem suas particularidades e por isso é importante se informar sobre o período prévio de imunização e vacinas exigidas para não ocorrer imprevistos nas viagens”, explica.

Além dos documentos necessários para as viagens, como passaporte, visto e etc, é importante verificar a carteira de vacina. Para viagens internacionais é exigido o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia – CIVP, que é um documento que comprova a vacinação contra doenças, conforme definido no Regulamento Sanitário Internacional. Há uma lista com os países que exigem o Certificado e está disponível na internet no site da Organização Mundial de Saúde.

Há muitas dúvidas de como emitir esse documento e a Imunitá faz este serviço. O 1º passo é a tomar a vacina, no caso da vacina da febre amarela, 10 dias antes da viagem.

O interessado deve realizar um pré-cadastro no endereço http://www.anvisa.gov.br/viajante, clicar na opção “cadastrar novo” ou no link “cadastro”. O pré-cadastro não é obrigatório, mas agilizará o atendimento prestado para emissão do certificado.

“O site da Anvisa gera um link com o certificado, após a conclusão do procedimento na clínica não é necessário ir ao aeroporto”, explica Dr. Alberto Jorge Félix Costa CRM-MS 1266, diretor técnico responsável da Imunitá Centro de Imunização.

Não é necessária a presença da criança ou adolescente menor de 18 (dezoito) anos quando os pais ou responsáveis deste solicitarem a emissão do seu CIVP nos Centros de Orientação para a Saúde do Viajante.

1º de julho — Dia da Vacina BCG

Dia 1º de julho é uma data importante para a medicina, dia da Vacina BCG. A vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin) é utilizada na prevenção da tuberculose, uma doença transmitida pela saliva e materiais contaminados e causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também chamado de bacilo de Koch.

Sua primeira utilização foi feita em uma criança recém-nascida de mãe que apresentava tuberculose em 1921. No Brasil, ela começou a ser usada em 1927, e a cepa utilizada é chamada de BCG Moreau. A vacina BCG foi criada pelos pesquisadores Albert Calmette e Camille Guerin a partir de uma bactéria responsável por desencadear mastite tuberculosa bovina, a Mycobacterium bovis.

A eficácia da BCG é grande, principalmente na forma disseminada da tuberculose, em que a vacina garante cerca de 78% de proteção. Vale destacar que a proteção varia de acordo com o paciente e também com o país, uma vez que as cepas utilizadas para a fabricação das vacinas variam de acordo com a localidade. Apesar da vacina BCG ter sido criada com a finalidade de proteger contra a tuberculose, estudos garantem que essa vacina também garante certa proteção contra a hanseníase.

Inicialmente a vacina era administrada de maneira oral, só posteriormente que se adotou a aplicação intradérmica. No Brasil, essa nova forma de utilizar a BCG foi iniciada a partir de 1968 e baseia-se na injeção da substância no braço direito, mais precisamente na região deltoideana.

Desde 1976 o Ministério da Saúde tornou obrigatória a administração da BCG em crianças. Recomenda-se que ela seja aplicada em crianças entre 0 e 4 anos, de preferência no bebê recém-nascido. A vacina, no entanto, apresenta algumas contraindicações, tais como para crianças com peso inferior a 2kg, imunodeficientes, desnutridas, com erupções cutâneas generalizadas e que estão realizando tratamento com corticoides.

“A BCG é segura e caracteriza-se por deixar uma pequena cicatriz no braço onde foi aplicada. Essa cicatriz aparece após uma reação que se inicia no local após aproximadamente duas semanas. É importante que os pais não se preocupem com a lesão que surge no braço, que, em muitos casos, lembra uma espinha. Entretanto, é importante ficar atento para lesões mais intensas e procurar um médico principalmente se for observado o surgimento de ínguas nas axilas”, explica o Dr. Alberto Jorge Félix Costa CRM-MS 1266, diretor técnico responsável Imunitá.

Atualmente a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda apenas uma dose da vacina, uma vez que a segunda dose não provoca um aumento considerável na proteção, não havendo evidências científicas de sua necessidade. Vale destacar que, em alguns países, a segunda dose ainda é administrada.

Vacina da gripe de 2017 terá nova cepa do vírus H1N1

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Pela primeira vez desde 2010, a vacina da gripe traz uma nova cepa do vírus Influenza A/H1N1. Isso porque foi constatado que o vírus sofreu alterações genéticas no último ano.

A vacina já está disponível na Imunitá. Dr. Alberto Jorge Félix Costa CRM-MS 1266, diretor técnico responsável da Imunitá explica que o vírus da gripe passa por mutações frequentes. Por isso, todo ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) faz uma previsão de quais serão os vírus Influenza que devem circular no inverno do hemisfério norte e do hemisfério sul com base em amostras de pacientes coletadas em centros sentinela distribuídos em todo o mundo.

A vacina de Influenza trivalente de 2017 deverá conter os seguintes vírus:

– Influenza A (H1N1), subtipo Michigan/45/2015

– Influenza A (H3N2), subtipo Hong Kong/4801/2014

– Influenza B, subtipo Brisbane/60/2008

Já a vacina de Influenza tetravalente deve conter, além dessas três cepas, o vírus Influenza B, subtipo Phuket/3073/2013.

De 2016 para 2017, a única mudança da composição da vacina contra gripe será a cepa do vírus Influenza A (H1N1), os demais permanecerão iguais.

Grupos vulneráveis devem se vacinar todo ano

Independentemente de a composição da vacina de gripe mudar de um ano para o outro, os grupos mais vulneráveis devem se vacinar todos os anos. Isso porque, mesmo quando as cepas dos vírus permanecem as mesmas, a quantidade de anticorpos diminui ao longo dos meses, reduzindo o grau de proteção.

“Lembrando que a vacina é extremamente segura, pois no Brasil utilizam-se apenas as vacinas de vírus fracionados ou de subunidades”, esclarece o explica Dr. Alberto Jorge Félix Costa CRM-MS 1266, diretor técnico responsável da Imunitá.

O outono é a épica ideal para a imunização, pois o sistema imunológico precisar de cerca de 1 mês para desenvolver de forma plena uma imunidade contra as cepas presentes na vacina. Como o pico de incidência da gripe ocorre no inverno, a população vacinada terá tempo suficiente para estar preparada contra o vírus.

Vacina contra o HPV disponível para os meninos

vaccinations-500x270HPVO Brasil será o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer a vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais de imunizações. O anúncio foi feito pelo governo em outubro e entrou em vigor agora em janeiro. O Ministério da Saúde passa a disponibilizar a vacina contra o HPV para a população masculina de 12 a 13 anos na rotina do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). A faixa-etária será ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos os meninos com 9 anos até 13 anos.

 

Na rede particular a vacina já está disponível para meninos a partir dos 9 anos. Imunizar os meninos é estratégico para combater o vírus. “É importante ressaltar que a vacinação não elimina o uso de preservativo e do exame preventivo (Papanicolau). A vacina é uma forma de prevenção e é feita em três doses”, explica Dr. Alberto Jorge Félix Costa CRM-MS 1266, médico e diretor técnico responsável da Imunitá Centro de Imunização.

 

Milhares de mulheres morrem todos os anos no Brasil vítimas do câncer do colo do útero, o 4º que mais mata mulheres e é provocado pelo HPV. Por isso, prevenir cedo é melhor forma de evitar a doença. Hoje há vacina contra o vírus e está disponível na rede pública e particular.

 

Ainda há muitos mitos em relação à vacina, mas é extremamente segura e eficaz, não oferecendo riscos. A vacina evita o câncer cervical (colo do útero), vaginal, câncer vulvar, câncer anal, orofaringe e de pênis, além da verruga genital.

 

A imunização é indicada a partir dos 9 anos de idade, tanto para meninas e meninos, pois nesta faixa etária há uma excelente resposta imunológica para a produção de anticorpos e quanto mais cedo a imunização, maior a proteção. Vacinar os meninos também é muito importante, pois além de evitar diversas doenças, tanto protege indiretamente as mulheres.

 

A vacina funciona estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo.

 

Vacina contra Zika vírus ainda deve demorar cinco anos para ser concluída

Agência Brasil – Pesquisadores ainda devem demorar pelo menos cinco anos até disponibilizar uma vacina contra o Zika vírus, vírus já disseminado em todos os estados brasileiros e em cerca de 40 países e territórios. A previsão é o vice-diretor do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, José Cerbino Neto. “Isso envolve o desenvolvimento de adjuvantes, de estratégias vacinais, de modelos experimentais para persistência e resistência da infecção. Além disso, o produto tem que estar em condição de testagem humana, e isso leva tempo, e também leva tempo os estudos de fase um, dois e três”, disse Cerbino Neto, em audiência pública na Câmara dos Deputados na quinta-feira (5).

Para o desenvolvimento de um imunizante, são necessárias várias etapas, que vão desde a decisão de que tipo de tecnologia será usada até a comparação entre grupos que foram imunizados e que não foram. A primeira vacina contra a dengue, por exemplo, desenvolvida pelo laboratório francês Sanofi Pasteur, levou 20 anos para ser concluída. Mas os especialistas ressaltam que, enquanto a dengue tem quatro subtipos, o Zika vírus só tem um, o que facilitaria. “Temos um horizonte de pelo menos cinco anos, antes disso, acho que a gente não tem como ter uma resposta mais concreta sobre a eficácia dessa vacina”.

Disseminação rápida

Na audiência, Cerbino Neto ressaltou que o Zika vírus se espalhou mais rapidamente do que a dengue e a chikungunya, vírus transmitidos pelo mesmo vetor, o Aedes aegypti. “A gente tem relatos da identificação do vírus em outros fluidos corporais, mas não temos como afirmar que há transmissão por essas outras vias nem qual o risco dessas transmissões”, relatou o especialista.

Também em audiência na Câmara dos Deputados nesta semana, a pesquisadora Adriana Melo, presidente do Instituto de Pesquisa Prof. Joaquim Amorim Neto (Ipesq), sediado em Campina Grande, Paraíba, disse que o vírus pode ser encontrado na saliva, mas não se sabe se é possível passar a doença para outra pessoa por esse meio. “Estamos coletando saliva no instituto para enviarmos para a UFRJ [Universidade Federal do Rio de Janeiro] para que seja analisada a possibilidade de esse fluido transmitir a doença”, disse a pesquisadora. A transmissão sexual já foi relatada em artigos científicos, mas ainda é objeto de estudos dos pesquisadores.

Outro alvo de pesquisa, segundo Cerbino Neto, é a proporção de infecções assintomáticas pelo vírus. Apesar de o Ministério da Saúde, desde o começo da epidemia, dizer que 80% das infecções são assintomáticas, o vice-diretor disse que ainda não se pode fazer esta afirmação com convicção. “A gente não tem uma sorologia confiável, que permita fazer o critério sorológico e saber quantas pessoas se infectaram sem que tenham desenvolvido os sintomas”. A sorologia é um exame que permite saber se uma pessoa foi infectada por um vírus, mesmo depois de os sintomas desaparecerem.

Fonte: Minha Vida

Vacina contra HPV é importante para meninos e meninas a partir dos nove anos

As Unidades Básicas de Saúde agora oferecem a vacina contra o HPV, que já é oferecida na rede privada há alguns anos. Com forte apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria e suas filiais, da Sociedade Brasileira de Imunização e da Organização Mundial da Saúde, a vacina é voltada para garotas a partir dos nove anos. Devido à divulgação da campanha, tanto os pais quanto os adolescentes tem tido muitos questionamentos, alguns dos quais discuto a seguir:

O que é o HPV?

O HPV é um vírus cujo nome é Papiloma Vírus Humano. Sua transmissão se dá principalmente por via sexual, sendo o responsável por casos de câncer de colo de útero, além de câncer de vulva, vagina, ânus, pênis e orofaringe. Além disso, é também responsável pelas verrugas genitais conhecidas como condiloma acuminado. Cerca de 50% dos indivíduos, homens ou mulheres, terá contato com algum tipo de HPV após 2 anos de vida sexual ativa.

Quem deve receber a vacina contra o HPV?

Existem dois tipos de vacina contra o HPV, a quadrivalente, recomendada para meninos e meninas entre nove e 26 anos de idade e a bivalente, para meninas e mulheres a partir dos 10 anos de idade. Todos os indivíduos nesta faixa etária deveriam receber a vacina. Hoje, sabe-se que a resposta imunológica à vacina é melhor quando aplicada até os 15 anos de idade, o que não contra indica a sua aplicação para os demais.

Porque os meninos devem receber a vacina contra o HPV?

Os meninos devem receber a vacina para sua proteção contra os canceres de pênis, ânus e garganta e contra as verrugas genitais. Além disso, por serem os responsáveis pela transmissão do vírus para suas parceiras, ao receber a vacina estão colaborando com a redução da incidência do câncer de colo de útero e vulva nas mulheres.

Qual a diferença entre as vacinas?

A vacina contra HPV bivalente é composta pelos vírus 16 e 18, responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero. A vacina contra HPV quadrivalente é composta pelos vírus 16, 18, 6 e 11, os 2 últimos causadores das verrugas genitais em 90% dos casos. A vacina oferecida nos postos de saúde é a quadrivalente.

Quais são os efeitos colaterais desta vacina?

O principal efeito colateral desta vacina é a dor no local da aplicação. Pode ocorrer febre e mal estar nos primeiros dias, mas são efeitos pouco comuns. Os relatos de desmaios estão associados à ansiedade e dor, sendo bastante comuns em adolescentes que apresentam medo de agulhas diante de qualquer situação de medicamentos injetáveis ou coleta de exames.

Quem já iniciou a vida sexual não pode mais tomar a vacina?

A vacina pode e deve ser recebida por todos, mesmo aqueles que já iniciaram a vida sexual ativa. Recomenda-se a vacinação antes para uma prevenção mais eficaz, mas não existe nenhuma contraindicação para quem já é sexualmente ativo.

E quem já teve HPV, pode tomar a vacina?

Sim, a vacina pode e deve ser recebida mesmo por aqueles que já tiveram infecção pelo HPV. Ela não será útil para o tipo já adquirido, mas fará a proteção contra os demais.

Vacinar crianças não estimula o início da vida sexual precoce?

Não. Vacinar os jovens contra doenças infectocontagiosas é um dever dos pais e não tem influência na decisão de ter ou não atividade sexual. A hepatite B, por exemplo, é uma doença transmitida por via sexual cuja vacina é aplicada em todos os bebês no momento do seu nascimento, ainda na maternidade.

Quando os adolescentes decidem ter uma relação sexual o fazem independente de terem ou não recebido as vacinas necessárias e por isso é melhor estarem orientados com relação à prevenção de gravidez e DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), além de estarem devidamente vacinados.

Qual o esquema da vacinação contra o HPV?

O esquema tradicional, utilizado há anos e com excelentes resultados é: 0, 2 e 6 meses, ou seja, aplica-se a 1ª dose, 2 meses após a segunda dose, 4 meses após a segunda (e seis meses após a primeira) aplica-se a terceira dose. O Ministério da Saúde aprovou a vacinação em um esquema diferente, aparentemente eficaz, mas ainda em fase de estudo: 0, 6 e 60 meses. As clínicas particulares seguem a orientação de 0, 2 e 6 meses.

Se já se tiver iniciado a vacinação na rede privada, pode completá-la na rede pública?

Sim, se as doses aplicadas foram da vacina quadrivalente, o esquema vacinal poderá ser finalizado na rede pública. Para as famílias que optarem pelo esquema tradicional de 0, 2, 6 meses, também será aceito que se faça a primeira e última doses no posto de saúde e a segunda dose em clínicas particulares.

Fonte: Minha Vida

7 mitos sobre as vacinas

1. Vacinas causam autismo.

O estudo que propôs essa ligação já foi há muito desbancado pela comunidade médica e hoje é tido como uma das maiores fraudes da história da medicina. Milhares de crianças foram submetidas a testes e nenhuma ligação entre autismo e vacinas foi encontrada.

2. Vacinas proporcionam 100% de proteção.

As vacinas com a maior taxa de proteção chegam a cerca de 95% de efetividade, e não mais do que isso.

3. As crianças recebem mais vacinas do que seu sistema imunológico pode aguentar.

O sistema imunológico de uma criança é capaz de responder a cerca de 100 bilhões de antígenos ao mesmo tempo. A vacina tríplice viral, por exemplo, contém 24 antígenos.

4. Como a maioria das doenças evitáveis por vacinas está sumindo, as vacinas não são mais necessárias.

Graças à chamada imunidade de rebanho (entenda nas ilustrações), algumas doenças necessitam de um nível de vacinação alto para que não se espalhem. O sarampo, por exemplo, precisa que 95% da população seja imunizada para que não se propague.

5. Vacinas enfraquecem o sistema imunológico.

As vacinas são desenvolvidas para fortalecer o sistema imunológico, e não o contrário.

6. Vacinas são 100% seguras.

Nada na medicina é 100% seguro. Até o mais inofensivo dos medicamentos pode causar efeitos colaterais. A maior parte deles, no caso das vacinas, são brandos. Mas isso não é regra.

7. A imunidade conferida pela contração da doença é melhor do que a imunidade vacinal.

Apesar da imunidade conferida pela doença ser, de fato, mais “potente”, os riscos que se corre contraindo-a são bem maiores que os possíveis riscos de uma vacina.

Publicado originalmente: Revista Exame

Sete vacinas que os adultos precisam tomar

Na hora de cuidar da própria saúde, muitos adultos negligenciam as campanhas de vacinação. Em todas as fases de nossa vida, porém, estamos suscetíveis a infecções por vírus e bactérias que, se não tratadas, podem causar muitos problemas.

As doenças crônicas que se manifestam mais na vida adulta são fortes indicadores de que o individuo precisa se vacinar. “As pessoas que estão em grupos de risco, como as pessoas com mais de 60 anos ou aquelas que têm doenças crônicas, devem sempre estar informadas sobre a vacinação”, diz o infectologista Paulo Olzon, da Unifesp.

Existem vacinas tanto para bactérias como para vírus. “No primeiro caso, a vacinação é feita para controlar surtos epidemiológicos e, para o caso dos vírus, a imunização normalmente dura a vida toda, sendo necessárias apenas algumas doses de reforço para garantir que a doença não vai mais voltar”, diz Paulo Olzon. Confira sete tipos que merecem estar na sua carteira de vacinação.

Vacina dupla tipo adulto – para difteria e tétano

A difteria é causada por uma bactéria, que é contraída pelo contato com secreções de pessoas infectadas. Ela afeta o sistema respiratório, causa febres e dores de cabeça, em casos graves, pode evoluir para uma inflamação no coração.

A toxina da bactéria causadora do tétano compromete os músculos e leva a espasmos involuntários. A musculatura respiratória é uma das mais comprometidas pelo tétano. Se a doença não for tratada precocemente, pode haver uma parada respiratória devido ao comprometimento do diafragma, músculo responsável por boa parte da respiração, levando a morte. Ferir o pé com prego enferrujado que está no chão é uma das formas mais conhecidas do contágio do tétano.

A primeira parte da vacinação contra difteria e tétano é feita em três doses, com intervalo de dois meses. Geralmente, essas três doses são tomadas na infância. Então confira a sua carteira de vacinação para certificar-se se a vacinação está em ordem. Depois delas, o reforço deve ser feito a cada dez anos para que a imunização continue eficaz. É nesse momento que os adultos cometem um erro, deixando a vacina de lado.

Vacina Tríplice-viral – para sarampo, caxumba e rubéola

Causado por um vírus, o sarampo é caracterizado por manchas vermelhas no corpo. A transmissão ocorre por via respiratória. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a mortalidade entre crianças saudáveis é mínima, ficando abaixo de 0,2% dos casos. Nos adultos, essa doença é pouco observada, mas como a forma de contágio é simples, os adultos devem ser imunizados para proteger as crianças com quem convivem.

Conhecida por deixar o pescoço inchado, a caxumba também tem transmissão por via respiratória. Mesmo que seja mais comum em crianças, a caxumba apresenta casos mais graves em adultos, podendo causar meningite, encefalite, surdez, inflamação nos testículos ou dos ovários, e mais raramente no pâncreas.

Já a rubéola é caracterizada pelo aumento dos gânglios do pescoço e por manchas avermelhadas na pele, é mais perigosa para gestantes. O vírus pode levar à síndrome da rubéola congênita, que prejudica a formação do bebê nos três primeiros meses de gravidez. A síndrome causa surdez, má-formação cardíaca, catarata e atraso no desenvolvimento.

O adulto deve tomar a tríplice-viral se ainda não tiver recebido as duas doses recomendadas para a imunização completa quando era criança e se tiver nascido depois de 1960. O Ministério da Saúde considera que as pessoas que nasceram antes dessa data já tiveram essas doenças e estão imunizados, ou já foram vacinados anteriormente.

Mesmo que todos com essas características devam ser vacinados, as mulheres que pretendem ter filhos, que não foram imunizadas ou nunca tiveram rubéola devem tomar a vacina um mês antes de engravidar, já que a rubéola é bastante perigosa quando acomete gestantes, podendo causar deformidade no feto.

Vacina contra a hepatite B

A Hepatite B é transmitida pelo sangue, e em geral não apresenta sintomas. Alguns pacientes se curam naturalmente sem mesmo perceber que tem a doença. Em outros, a doença pode se tornar crônica, levando a lesões do fígado que podem evoluir para a cirrose. “A imunização contra essa doença é importante, pois ela pode causar problemas sérios, como câncer no fígado”, diz Paulo Olzon.

De acordo com o especialista, há algumas décadas, o tipo B da hepatite era o mais encontrado, já que ela pode ser transmitida através da relação sexual e as pessoas não tomavam cuidado com a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Depois de uma campanha de vacinação e imunização, e da classificação da hepatite C pelos médicos, ela não pode ser vista como epidemia, mas ainda é preciso tomar cuidado com essa doença.

Até os 24 anos, todas as pessoas podem tomar a vacina contra hepatite B, gratuitamente, em qualquer posto de saúde. A aplicação da vacina também continua de graça, quando o adulto faz parte de um grupo de risco. “Pessoas que tenham contato com sangue, como profissionais de saúde, podólogos, manicures, tatuadores e bombeiros, ou que tenham relacionamentos íntimos com portador da doença são as mais expostas a essa doença”, diz o especialista. Fora isso, qualquer adulto pode encontrar a vacina em clínicas particulares.

Pneumo 23 – Pneumonia

O pneumococo, bactéria que pode causar a pneumonia, entre outras doenças, pode atacar pessoas de todas as idades, principalmente indivíduos com mais de 60 anos. “Pessoas com essa idade não podem deixar de tomar a vacina pneumo 23”, diz Paulo Olzon.

A pneumonia é o nome dado a inflamação nos pulmões causada por agentes infecciosos (bactérias, vírus, fungos e reações alérgicas). Entre os principais sintomas dessa inflamação dos pulmões, estão febre alta, suor intenso, calafrios, falta de ar, dor no peito e tosse com catarro. Adultos com doenças crônicas em órgãos como pulmão e coração -alvos mais fáceis para o pneumococo, devem tomar essa vacina sempre que há uma campanha de vacinação.

Mesmo que ela seja uma das vacinas mais importantes para ser tomadas é a única vacina do calendário que não é oferecida em postos de saúde. É preciso ir a um Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais, em locais como o Hospital das Clínicas e a Unifesp.

Vacina contra a febre amarela

A febre amarela é transmitida pelo mesmo mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. A doença tem como principais sintomas febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (pele e olhos amarelados) e hemorragias. “Se a febre amarela não for tratada, pode levar a morte”, explica o especialista.

Por ser uma doença grave, e com alto índice de mortalidade, todas as pessoas que moram em locais de risco devem tomar a vacina a cada dez anos, durante toda a vida. Quem for para uma dessas regiões precisa ser vacinado pelo menos dez dias antes da viagem. No Brasil, as áreas de risco são: zonas rurais no Norte e no Centro-Oeste do país e alguns municípios dos Estados do Maranhão, do Piauí, da Bahia, de Minas Gerais, de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Mesmo que os efeitos colaterais mais sérios sejam muito raros, a vacina contra febre amarela deve ficar restrita aqueles indivíduos que moram ou irão viajar para algum lugar de risco. “Nesse sentido, a preocupação dos médicos está relacionada ao risco de reação alérgica grave ou anafilática, que pode levar a morte os pacientes propensos”, explica o infectologista Paulo Olzon.

Vacina contra o influenza (gripe)

A vacina contra gripe deve estar na rotina de quem está com mais de 60 anos. “Muitas pessoas deixam de tomá-la com medo da reação que ela pode causar, mas isso é um mito, já que a suposta reação do corpo não tem nada a ver com a vacina, e sim com a própria gripe”, diz o especialista. “Isso porque o vírus da gripe fica semanas em nosso corpo sem se manifestar e a proteção da vacina não é imediata como as pessoas imaginam.”

A gripe é transmitida por via respiratória, leva a dores musculares e a febres altas. Seu ciclo costuma ser de uma semana. Pessoas com mais de 60 anos podem tomar a vacina nos postos de saúde, enquanto os mais jovens podem ser vacinados em clínicas particulares. “Os idosos que não querem esperar até a campanha anual de vacinação contra a gripe podem tomar a vacina em clínicas particulares em todas as épocas do ano”, diz Paulo Olzon.

HPV

A vacina existe tanto para homens quanto para mulheres e previne os quatros principais tipos do Papilomavírus Humano – o HPV. Segundo o Ministério da Saúde, 137 mil novos casos de HPV são registrados por ano no Brasil. O vírus, transmitido durante a relação sexual, é responsável por 90% dos casos de câncer de colo do útero, além de provocar tumores de vulva, pênis, boca, ânus e pele.

Apesar de existir a vacina bivalente, que protege dos tipos 16 e 18 de HPV e só é aplicada em mulheres, a quadrivalente é a mais indicada, pois protege desses dois tipos citados mais os tipos 6 e 11 e também serve para os homens. “A quadrivalente deve ser tomada em três doses, sendo a segunda dose após 30 dias da primeira e a terceira, seis meses depois da segunda”, afirma o ginecologista Amadeu Carvalho Júnior, da Amhpla Cooperativa de Assistência Médica.

A Anvisa recomenda a vacinação em pessoas dos nove aos 26 anos – em especial para aquelas que ainda não iniciaram sua vida sexual, para garantir maior eficácia na proteção. Vale lembrar, no entanto, que a vacina não dispensa o uso de preservativos na relação. “O HPV possui mais de 100 tipos diferentes e a vacina protege apenas de alguns deles”, explica o ginecologista Amadeu.

Vacina para Herpes Zóster

Herpes zoster é uma infecção viral que provoca vesículas na pele e geralmente é acompanhada de dor intensa. É causado pelo vírus varicela-zoster – o mesmo agente da catapora – e acomete pessoas que tiveram catapora em algum momento da vida e ficaram com vírus latente (adormecido) em gânglios do corpo. Anos mais tarde, esse vírus pode reativar na forma de herpes zóster.

Embora não seja uma condição de risco de vida, o herpes zóster pode ser muito doloroso. Um estudo realizado no Brasil revelou que aproximadamente 95% dos adultos já foram expostos ao vírus do herpes zóster. Como o vírus fica latente durante muitos anos, a doença é mais comum em idosos e pessoas acima dos 50 anos.

A vacina é administrada em esquema de dose única, via subcutânea, preferencialmente no braço. “A vacina é indicada para pessoas a partir de 50 anos de idade na prevenção não só da doença, mas também da neuralgia pós-herpética”, afirma Renato Kfouri, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). A neuralgia pós-herpética se caracteriza por uma dor e queimação no local em que o herpes zóster ocorreu, sendo a complicação mais comum da doença. De acordo com Renato, a vacina também ajuda na redução da dor aguda e crônica associada ao Zóster.

A vacina ainda não é distribuída em postos de saúde. Se você tem mais de 50 anos e já foi exposto ao vírus da varicela, converse com seu médico ou médica para entender a necessidade de se vacinar para herpes zóster.

Fonte: Minha Vida