Quem pode tomar a vacina da dengue?

A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, comum em países tropicais como o Brasil. Causa febre alta, dores musculares intensas, mal-estar e, em casos graves, pode evoluir para a forma hemorrágica, com risco de morte. 

Devido à alta incidência da doença, especialmente em épocas de chuva e calor, a prevenção é uma das maiores preocupações das autoridades de saúde. Entre as estratégias mais eficazes para conter a propagação da dengue está a vacinação. Mas a pergunta que muita gente faz é: quem pode tomar a vacina da dengue?

Vacinas contra a dengue: um panorama

Atualmente, existem duas vacinas principais aprovadas para uso no Brasil:

  1. Dengvaxia® (Sanofi Pasteur) – Aprovada pela Anvisa em 2015, é indicada apenas para pessoas que já tiveram dengue anteriormente.
  2. Qdenga® (Takeda Pharma) – Aprovada em 2023, essa é a vacina mais recente e pode ser administrada mesmo em pessoas que nunca tiveram dengue.

A introdução da Qdenga marca um avanço importante, já que amplia significativamente o público que pode se beneficiar da vacinação. A seguir, vamos detalhar quem pode tomar a vacina da dengue, quais são os critérios, os grupos prioritários, e quais são as recomendações atuais do Ministério da Saúde.

Quem pode tomar a vacina da dengue – Qdenga?

A vacina Qdenga (TAK-003), desenvolvida pelo laboratório Takeda, é a principal aposta do governo brasileiro para conter os surtos de dengue. Ela é composta por vírus vivos atenuados e oferece proteção contra os quatro sorotipos da dengue (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4).

Quem pode tomar a vacina da dengue:

  • Pessoas entre 4 e 60 anos podem receber a vacina.
  • Não é necessário ter tido dengue anteriormente.
  • Indicada tanto para prevenção primária (quem nunca teve dengue) quanto para reforço imunológico (quem já teve).

Esquema de vacinação:

  • A Qdenga é aplicada em duas doses, com um intervalo de três meses entre elas.
  • A proteção se inicia cerca de duas semanas após a segunda dose.

Grupos Prioritários:

Embora aprovada para um público amplo, o Ministério da Saúde prioriza determinados grupos com maior risco de exposição e complicações. Em 2024, a vacinação foi implementada de forma escalonada em municípios com alto índice de transmissão e densidade populacional, focando inicialmente em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo que concentra o maior número de hospitalizações por dengue nos últimos anos.

Quem não pode tomar a vacina Qdenga?

Como toda vacina, a Qdenga possui contraindicações. Veja quem não deve receber a vacina:

  • Gestantes e lactantes: Ainda não há dados suficientes sobre segurança nesse grupo.
  • Imunossuprimidos: Pessoas com doenças que afetam o sistema imunológico (como câncer, HIV com baixa imunidade ou uso de medicamentos imunossupressores).
  • Pessoas com alergia grave a algum componente da vacina.
  • Pessoas com febre alta no dia da aplicação devem adiar a dose.

Além disso, a vacina não é indicada para pessoas com mais de 60 anos, pois não há evidências suficientes de eficácia e segurança nessa faixa etária até o momento.

Quem pode tomar a vacina da dengue – Dengvaxia?

A Dengvaxia foi a primeira vacina aprovada no Brasil contra a dengue, mas possui uma restrição importante: só pode ser usada em pessoas que já tiveram dengue confirmada anteriormente. Isso porque, em indivíduos que nunca tiveram dengue, a vacina pode aumentar o risco de formas graves da doença em caso de infecção futura.

Quem pode tomar a vacina da dengue:

  • Pessoas entre 9 e 45 anos.
  • Apenas aquelas com comprovação laboratorial prévia de infecção por dengue.

Quem deve evitar:

  • Pessoas sem histórico de dengue.
  • Gestantes, lactantes e imunossuprimidos, pelos mesmos motivos citados na Qdenga.

Por que a vacina não é para todos ainda?

A vacinação contra a dengue está sendo implementada de maneira gradual por diversas razões:

  1. Disponibilidade limitada de doses: O laboratório fabricante não consegue, neste momento, produzir vacinas suficientes para imunizar toda a população.
  2. Prioridade epidemiológica: O Ministério da Saúde está usando dados para identificar onde a vacinação terá maior impacto, priorizando regiões com maior incidência de casos e hospitalizações.
  3. Estudos de eficácia por faixa etária: A vacina foi testada com mais profundidade em crianças e adultos jovens, e os estudos com idosos ainda estão em andamento.

Por que tomar a vacina da dengue?

A dengue é uma doença imprevisível. Mesmo uma pessoa saudável pode desenvolver a forma grave, que inclui hemorragias, queda da pressão arterial e risco de óbito. Além disso, cada nova infecção por um sorotipo diferente aumenta o risco de complicações.

Benefícios da vacina:

  • Redução do risco de infecção sintomática.
  • Menor chance de hospitalização e óbito.
  • Proteção contra os quatro sorotipos da dengue.
  • Auxílio no controle de surtos e epidemias, especialmente em áreas urbanas.

A vacina substitui os cuidados com o mosquito?

Não. A vacinação é uma ferramenta de prevenção, mas não substitui as medidas tradicionais de controle do mosquito Aedes aegypti.

É fundamental continuar:

  • Eliminando água parada.
  • Limpando calhas e ralos.
  • Usando repelentes e telas protetoras.
  • Denunciando focos do mosquito à vigilância sanitária.

O combate à dengue é uma responsabilidade coletiva, e a vacina vem para reforçar essa luta, não para substituí-la.

A vacina da dengue representa uma esperança concreta na luta contra uma das doenças tropicais mais comuns e perigosas do Brasil. 

Quem pode tomar a vacina da dengue, deve tomar. 

A Qdenga, por ser indicada mesmo para quem nunca teve a doença, amplia consideravelmente o número de pessoas que podem ser protegidas. No entanto, nem todos podem tomar a vacina ainda, seja por idade, condição de saúde ou disponibilidade na rede pública.

Por isso, é essencial ficar atento às campanhas de vacinação no seu município e às orientações do Ministério da Saúde. E, mais importante ainda, manter os cuidados básicos de prevenção contra o mosquito.

Proteger-se da dengue é possível — e, agora, mais do que nunca, vacinar-se pode salvar vidas.

Meningite: quando vacinar e por que essa proteção é essencial?

A meningite é uma das doenças mais temidas por pais, cuidadores e profissionais de saúde. Rápida, silenciosa e muitas vezes grave, essa infecção pode causar sequelas permanentes e até levar à morte, especialmente em crianças pequenas. 

Por isso, saber meningite quando vacinar é essencial para garantir a proteção dos pequenos e de toda a comunidade.

Neste artigo, vamos explicar em detalhes a meningite quando vacinar, quais são os tipos de meningite, as vacinas disponíveis no Brasil, os grupos prioritários, e por que manter o calendário vacinal em dia é uma atitude que salva vidas.

O que é meningite?

Antes de entender a meningite quando vacinar, é importante saber o que é essa doença. A meningite é a inflamação das meninges — membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por vírus, bactérias, fungos ou parasitas. 

As formas virais geralmente são leves, mas as bacterianas podem ser extremamente graves e evoluir rapidamente.

Os principais sintomas incluem:

  • Febre alta;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Náuseas e vômitos;
  • Rigidez na nuca;
  • Sensibilidade à luz;
  • Sonolência ou confusão mental;
  • Em bebês: choro constante, irritabilidade, moleira tensa e recusa alimentar.

O diagnóstico precoce e o tratamento imediato são fundamentais, mas a prevenção por meio da vacinação é a melhor forma de evitar casos graves.

Meningite: quando vacinar as crianças?

O calendário vacinal infantil inclui diversas vacinas que protegem contra diferentes tipos de meningite. Entender a meningite quando vacinar passa por conhecer essas vacinas e o momento certo de cada dose.

1. Vacina Pentavalente (DTP + Hib + Hepatite B)

  • Idade: 2, 4 e 6 meses.
  • Protege contra: Haemophilus influenzae tipo B (Hib), uma das bactérias que causam meningite bacteriana.
  • Reforço: aos 15 meses com a DTP + Hib (na forma da vacina tetravalente).

2. Vacina Pneumocócica 10-valente (Pn10)

  • Idade: 2, 4 meses e reforço aos 12 meses.
  • Protege contra: pneumococo, que pode causar meningite pneumocócica, além de otites e pneumonias.

3. Vacina Meningocócica C conjugada

  • Idade: 3 e 5 meses, com reforço aos 12 meses (no SUS).
  • Protege contra: meningite causada pela bactéria Neisseria meningitidis do sorogrupo C, uma das mais graves e comuns no Brasil.

4. Vacina Meningocócica ACWY (opcional na rede privada)

  • Idade: a partir de 2 meses, com esquema variando conforme a idade da primeira dose.
  • Protege contra: sorogrupos A, C, W e Y da meningite meningocócica.
  • Essa vacina é especialmente recomendada para adolescentes e para quem vai viajar para países onde essas cepas são mais comuns.

5. Vacina Meningocócica B (opcional na rede privada)

  • Idade: recomendada a partir dos 2 meses.
  • Protege contra: o sorogrupo B, cada vez mais prevalente em surtos no Brasil e no mundo.
  • O esquema de doses varia de acordo com a idade de início da vacinação.

Adolescentes: meningite quando vacinar?

Muita gente pensa que a vacinação contra meningite termina na infância, mas isso é um erro perigoso. A adolescência é outro momento crítico para atualização do calendário vacinal.

O Ministério da Saúde recomenda a dose única da vacina meningocócica ACWY aos 11 ou 12 anos. Essa proteção é fundamental, já que os adolescentes estão mais expostos a ambientes coletivos (escolas, transporte público, eventos), onde o risco de transmissão aumenta.

Além disso, a vacina meningocócica B, disponível na rede privada, também é recomendada para adolescentes — especialmente se frequentam universidades, internatos ou vão estudar no exterior.

Adultos devem se vacinar contra a meningite?

Sim! Entender meningite quando vacinar também envolve o público adulto, especialmente em situações específicas:

  • Profissionais de saúde, especialmente os que trabalham com pediatria, pronto-socorros ou unidades de terapia intensiva.
  • Pessoas com imunodeficiência, como transplantados, portadores de HIV ou pacientes em quimioterapia.
  • Viajantes internacionais, principalmente para países com surtos recentes de meningite ou onde há exigência do certificado internacional de vacinação contra meningite (como a Arábia Saudita, para o Hajj).

Nesses casos, o médico pode recomendar a vacinação com a meningocócica ACWY e B, além da pneumocócica conjugada.

Meningite quando vacinar: calendário em resumo

Para facilitar a visualização, aqui está um resumo prático com base nas vacinas disponíveis:

Faixa etáriaVacinas principaisProteção contraDisponível no SUS
2 a 6 mesesPentavalente, Pn10, Meningo CHib, pneumococo, meningococo CSim
12 mesesReforço Meningo C, Pn10Sorogrupo C, pneumococoSim
AdolescentesMeningo ACWYSorogrupos A, C, W e YSim (11-12 anos)
Rede privadaMeningo B, Meningo ACWY (extra), Pneumo 13VSorogrupos B, A, C, W, Y e pneumococoNão

Por que seguir o calendário é tão importante?

Saber meningite quando vacinar é essencial porque a doença pode evoluir em poucas horas. A criança pode estar brincando pela manhã e, no final do dia, apresentar sintomas graves. A velocidade e a gravidade da meningite bacteriana não permitem “esperar para ver”.

Além disso, a meningite é altamente contagiosa, podendo ser transmitida por gotículas de saliva, espirros, tosse ou compartilhamento de objetos. 

Ao vacinar uma criança, você não só protege sua vida, mas ajuda a evitar a propagação da doença — protegendo também quem ainda não pode ser vacinado, como recém-nascidos.

E se a vacina estiver atrasada?

Se o seu filho ou você perdeu alguma dose, não se preocupe: é possível atualizar o calendário. O ideal é procurar uma unidade de saúde ou pediatra o quanto antes. Melhor vacinar com atraso do que não vacinar!

A resposta à pergunta meningite quando vacinar é: sempre no momento recomendado, mas, se isso não for possível, vacine assim que tiver a oportunidade. A proteção continua sendo eficaz.

Conclusão: meningite quando vacinar é uma questão de vida

A meningite é uma ameaça real — mas que pode ser evitada com algo simples e acessível: a vacinação. 

Entender a meningite quando vacinar é o primeiro passo para manter a saúde em dia e prevenir tragédias que, infelizmente, ainda acontecem por falta de informação ou descuido com o calendário vacinal.

Manter a caderneta em dia, conversar com o pediatra e buscar as vacinas disponíveis, inclusive na rede privada quando possível, é uma decisão responsável e amorosa. Vacinas salvam vidas — e no caso da meningite, elas são a nossa melhor arma.

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Vacina dTpa: para que serve e por que é tão Importante na prevenção de doenças?

A vacina dTpa para que serve? Essa é uma dúvida comum entre muitas pessoas que se deparam com o nome técnico dessa vacina durante a gestação, em campanhas de vacinação ou ao iniciar o calendário vacinal das crianças. 

Embora o nome pareça complicado, a verdade é que a vacina dTpa tem uma função essencial: proteger contra três doenças graves — difteria, tétano e coqueluche.

Neste post, vamos explicar em detalhes para que serve a vacina dTpa, quem deve tomá-la, como ela funciona, quais são os possíveis efeitos colaterais e por que ela é considerada uma das vacinas mais importantes para a saúde pública.

O que é a vacina dTpa?

Antes de entender vacina dTpa para que serve, é importante saber o que significa essa sigla. A dTpa é uma vacina tríplice acelular, composta por antígenos purificados que protegem contra:

  • dDifteria: uma infecção bacteriana grave que pode causar inflamação na garganta, dificuldade de respirar e, em casos graves, afetar o coração e o sistema nervoso.
  • TTétano: doença causada por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani, que entra no corpo por ferimentos e pode causar rigidez muscular intensa, espasmos e até a morte.
  • PCoqueluche (Pertussis): doença respiratória altamente contagiosa que provoca uma tosse intensa e prolongada, especialmente perigosa para bebês.

A letra “a” significa que é uma versão “acelular” da vacina, ou seja, contém apenas partes dos microrganismos causadores da doença, o que reduz os efeitos colaterais em comparação com versões anteriores da vacina.

Vacina dTpa para que serve na prática?

A vacina dTpa para que serve pode ser respondida de forma simples: ela protege contra três infecções potencialmente letais e ajuda a reduzir a disseminação dessas doenças na comunidade. Mas além disso, a aplicação da vacina em diferentes fases da vida tem objetivos específicos, como veremos a seguir.

1. Proteção de bebês através da vacinação da gestante

Uma das aplicações mais importantes da vacina dTpa para que serve está relacionada à proteção de recém-nascidos. Bebês com menos de dois meses ainda não iniciaram seu esquema vacinal e estão vulneráveis à coqueluche, que pode causar complicações graves e até levar à morte.

Por isso, o Ministério da Saúde recomenda a aplicação da vacina dTpa em gestantes entre a 27ª e a 36ª semana de gestação. A vacinação da mãe estimula a produção de anticorpos, que são transferidos para o bebê ainda no útero, garantindo proteção nos primeiros meses de vida.

2. Reforço em adultos e profissionais de saúde

Outra forma de entender vacina dTpa para que serve é reconhecer seu papel como reforço para adultos que já receberam a vacina na infância. A imunidade contra difteria, tétano e coqueluche pode diminuir com o tempo. Por isso, recomenda-se um reforço a cada 10 anos — e em especial para profissionais de saúde, cuidadores e pessoas que convivem com bebês.

Além disso, em casos de ferimentos com objetos enferrujados ou cortes profundos, os médicos podem indicar o reforço com a dTpa ou dT, conforme o histórico vacinal do paciente.

Vacina dTpa no calendário vacinal infantil

É comum confundir a dTpa com a vacina DTP, que faz parte do calendário infantil. A vacina dTpa para que serve também se aplica a crianças, principalmente na forma de reforço da imunização.

Enquanto a DTP (tríplice bacteriana) é aplicada em crianças aos 2, 4 e 6 meses, com reforços posteriores, a dTpa é indicada em algumas situações especiais, como:

  • Reações adversas à DTP, já que a dTpa tem menos efeitos colaterais.
  • Reforço da imunização em crianças mais velhas ou adolescentes que não completaram o esquema vacinal.

Vacina dTpa para que serve na prevenção de surtos?

A coqueluche ainda é uma doença que circula no Brasil, especialmente em surtos localizados. Quando adultos e adolescentes não são vacinados, tornam-se potenciais transmissores da bactéria para bebês e pessoas com sistema imunológico comprometido.

Portanto, além da proteção individual, entender vacina dTpa para que serve também passa pelo papel dessa vacina na proteção coletiva. Manter a cobertura vacinal alta evita o ressurgimento de doenças já controladas e protege os mais vulneráveis.

Possíveis reações e efeitos colaterais

Como qualquer imunizante, a vacina dTpa pode causar reações leves, que costumam durar pouco tempo e desaparecer espontaneamente. Entre as mais comuns, destacam-se:

  • Dor, vermelhidão ou inchaço no local da aplicação;
  • Febre leve;
  • Mal-estar passageiro;
  • Dor de cabeça ou dores musculares.

Essas reações são um sinal de que o organismo está respondendo à vacina. Reações mais graves são extremamente raras. Ainda assim, é importante informar o profissional de saúde sobre qualquer histórico de alergias ou efeitos adversos anteriores a vacinas.

Quem não deve tomar a vacina dTpa?

Embora a vacina dTpa para que serve seja clara e seus benefícios evidentes, existem algumas contraindicações. A vacina não é indicada para:

  • Pessoas com histórico de reação alérgica grave a algum componente da vacina;
  • Indivíduos que tiveram encefalopatia (alterações neurológicas) após dose anterior de vacina contendo componente pertussis (coqueluche).

Nesses casos, a recomendação médica poderá adaptar o tipo de vacina ou recomendar outras formas de prevenção.

Onde tomar a vacina dTpa?

A vacina dTpa para que serve não adianta muito se as pessoas não souberem onde e como recebê-la. A vacina está disponível:

  • Na rede pública de saúde, para gestantes e profissionais de saúde;
  • Na rede privada, para qualquer pessoa que precise ou deseje se vacinar, incluindo adolescentes e adultos.

Se você tem dúvidas sobre seu histórico vacinal ou se precisa tomar a dTpa, o ideal é procurar uma unidade de saúde ou conversar com um médico.

Conclusão: vacina dTpa para que serve e por que você deve considerá-la

A vacina dTpa para que serve vai muito além de uma simples injeção preventiva. Ela representa uma das ferramentas mais eficazes da medicina moderna para proteger contra doenças que, mesmo com o avanço da tecnologia, continuam sendo perigosas — como o tétano, a coqueluche e a difteria.

Seja você gestante, profissional de saúde, pai, mãe ou apenas alguém que se preocupa com sua saúde e a dos outros, é fundamental estar com a vacinação em dia. A vacina dTpa para que serve deve ser entendida como um investimento em saúde, segurança e responsabilidade social.

Ao se vacinar, você se protege — e protege os outros. Vacinas salvam vidas. E a vacina dTpa é um dos grandes exemplos disso.

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Reação da vacina da gripe: o que esperar após a imunização?

Com a chegada das campanhas de vacinação contra a gripe, muitas pessoas têm dúvidas e receios quanto aos efeitos colaterais que podem surgir após tomar a vacina. Afinal, quem nunca ouviu alguém dizer que “ficou gripado depois da vacina”?

Mas será que isso é verdade? A vacina da gripe pode causar a doença? Quais são as reações mais comuns, quando elas ocorrem, e como saber se é algo normal ou se é necessário procurar um médico?

Neste post, vamos esclarecer as principais reações da vacina da gripe, desmistificar os medos mais frequentes e explicar por que os benefícios da vacinação superam — e muito — os possíveis efeitos colaterais.

O que é a vacina da gripe?

A vacina da gripe, também chamada de vacina contra o vírus influenza, é aplicada anualmente e tem como objetivo proteger contra os principais tipos de vírus da gripe que circulam no país naquele ano.

Existem diferentes tipos de vacina, sendo as mais comuns:

  • Vacina trivalente (SUS): protege contra três cepas do vírus (dois tipos de influenza A e um tipo de influenza B).
  • Vacina quadrivalente (rede privada): protege contra quatro cepas (dois tipos de A e dois de B), oferecendo uma cobertura um pouco mais ampla.

A composição da vacina muda todos os anos, de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), com base na vigilância global dos vírus circulantes.

A vacina da gripe pode causar gripe?

Não. A vacina da gripe não causa gripe.

Esse é um dos maiores mitos sobre a vacina. A vacina contra a gripe é feita com vírus inativados (mortos) ou fragmentos do vírus, o que significa que ela não é capaz de causar a doença.

O que pode ocorrer — e gera confusão — são:

  • Reações leves do organismo à vacina, como febre ou mal-estar.
  • Coincidência de a pessoa já estar incubando um outro vírus respiratório (como rinovírus ou outros vírus respiratórios) no momento da vacinação.
  • Demora no início da proteção (o corpo leva cerca de 2 a 3 semanas para desenvolver anticorpos).

Quais são as reações mais comuns da vacina da gripe?

A maioria das pessoas não sente nenhuma reação após a vacinação. Quando elas ocorrem, geralmente são leves, passageiras e autolimitadas, ou seja, somem sozinhas.

As reações mais comuns incluem:

1. Dor no local da aplicação

  • Sensação de dor, vermelhidão ou inchaço no braço onde a vacina foi aplicada.
  • O desconforto costuma durar entre 24 a 48 horas.
  • Pode ser aliviado com compressas frias ou analgésicos simples (se necessário).

2. Mal-estar geral

  • Sensação de corpo cansado ou indisposição leve.
  • Pode estar acompanhada de dor de cabeça ou fadiga leve.

3. Febre baixa

  • Em algumas pessoas, especialmente crianças pequenas, pode haver febre leve (até 38°C), que dura 1 ou 2 dias.

4. Dores musculares

  • Algumas pessoas relatam sensação de dor no corpo, especialmente em quem já tem sensibilidade ao sistema imunológico.

Essas reações são sinais de que o organismo está respondendo à vacina, produzindo os anticorpos necessários para se proteger contra o vírus.

Reações menos comuns (mas possíveis)

Embora raras, algumas pessoas podem apresentar reações um pouco mais intensas. Estas são menos frequentes, mas podem ocorrer:

  • Febre alta
  • Calafrios
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Tontura

Nesses casos, é importante observar a intensidade e a duração dos sintomas. Se persistirem por mais de 48 horas ou forem muito incômodos, o ideal é buscar orientação médica.

Reações alérgicas e eventos adversos graves

Reações graves à vacina da gripe são extremamente raras, mas, como qualquer medicamento ou vacina, podem acontecer. Entre elas:

1. Reação alérgica grave (anafilaxia)

  • Inchaço no rosto ou garganta
  • Dificuldade para respirar
  • Coceira generalizada
  • Queda de pressão

Essa reação costuma ocorrer poucos minutos após a aplicação, o que justifica o motivo de muitas unidades de saúde recomendarem que a pessoa permaneça no local por 15 a 30 minutos após a vacinação.

Pessoas com alergia grave a ovo (já que alguns tipos de vacina são produzidos em culturas com proteína do ovo) devem informar ao profissional de saúde antes de serem vacinadas.


Quem deve se vacinar?

A vacinação contra a gripe é recomendada anualmente para toda a população, mas o Ministério da Saúde dá prioridade a grupos mais vulneráveis, como:

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
  • Idosos (60 anos ou mais)
  • Gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto)
  • Trabalhadores da saúde
  • Professores
  • Pessoas com comorbidades (diabetes, doenças cardíacas, pulmonares etc.)
  • Indígenas
  • Pessoas privadas de liberdade

A gripe pode ser grave e até fatal em pessoas desses grupos, por isso a vacinação é essencial.

Quando procurar um médico após a vacina?

Na grande maioria dos casos, nenhuma reação exige atendimento médico. No entanto, é importante procurar um profissional de saúde se você ou alguém próximo apresentar:

  • Febre persistente por mais de 3 dias
  • Dificuldade para respirar
  • Confusão mental ou convulsões (em crianças)
  • Sinais de reação alérgica imediata
  • Dor intensa ou inchaço que não melhora com o tempo

Essas situações são raras, mas o monitoramento é importante, especialmente nas primeiras 24 a 48 horas após a aplicação.

Dicas para reduzir o desconforto após a vacina

Se você costuma ter reações leves ou quer evitar desconfortos, aqui vão algumas sugestões simples:

  • Hidrate-se bem antes e depois da vacinação.
  • Evite esforços físicos intensos no dia da aplicação.
  • Alimente-se normalmente.
  • Use o braço oposto ao dominante para tomar a vacina (se possível), pois ele tende a ser menos utilizado e menos dolorido.
  • Se houver dor local, aplique uma compressa fria.

Por que a vacinação continua sendo tão importante?

A gripe não é uma doença simples. Em pessoas saudáveis, pode causar febre, cansaço intenso, dores no corpo e afastamento das atividades por vários dias. Em grupos de risco, pode levar a complicações como:

  • Pneumonia
  • Agravamento de doenças crônicas (diabetes, asma, cardiopatias)
  • Hospitalizações
  • Óbito

A vacinação reduz drasticamente a probabilidade de desenvolver formas graves da gripe, mesmo que a pessoa ainda possa ser infectada.

Além disso, ao se vacinar, você ajuda a proteger quem está ao seu redor, contribuindo para a chamada imunidade coletiva.

A vacina da gripe é segura, eficaz e salva vidas. As reações são, na maioria das vezes, leves e passageiras, como dor no braço ou mal-estar leve. Esses efeitos são normais e indicam que seu sistema imunológico está trabalhando.

Não deixe que o medo de reações leves impeça você de se proteger contra uma doença que pode ser grave, especialmente para os mais vulneráveis. Vacinar-se é um ato de cuidado consigo mesmo e com a sociedade.

Então, na próxima campanha de vacinação, não hesite: procure a unidade de saúde mais próxima, leve sua caderneta de vacinação e fique protegido contra a gripe!

Para que serve a vacina HPV? Proteção contra o câncer

A vacina contra o HPV é uma das principais inovações da medicina preventiva nos últimos anos. Indicada para adolescentes, jovens e até alguns adultos, ela é uma poderosa ferramenta de prevenção contra o câncer

Mesmo assim, ainda há muita desinformação e dúvidas sobre seu uso, eficácia e segurança.

Neste post, você vai entender o que é, para que serve a vacina HPV, quem deve tomá-la, quais doenças ela previne, e por que ela é essencial para a saúde pública e individual, especialmente de meninas e meninos antes do início da vida sexual.

O que é o HPV?

HPV é a sigla para Papilomavírus Humano, um grupo com mais de 200 tipos de vírus que infectam a pele e as mucosas. A infecção pelo HPV é considerada a doença sexualmente transmissível (DST) mais comum no mundo.

A maioria das pessoas entra em contato com o vírus em algum momento da vida, especialmente nos primeiros anos de vida sexual ativa. Em grande parte dos casos, o sistema imunológico elimina o vírus naturalmente, sem causar sintomas.

No entanto, alguns tipos de HPV são oncogênicos, ou seja, podem causar câncer, principalmente:

  • Câncer de colo do útero (cervical)
  • Câncer de vulva e vagina
  • Câncer de pênis
  • Câncer anal
  • Câncer de orofaringe (garganta, boca, laringe)

Outros tipos não causam câncer, mas são responsáveis por verrugas genitais, que são incômodas, de difícil tratamento e de fácil transmissão.

Para que serve a vacina HPV?

A vacina contra o HPV tem como principal objetivo prevenir infecções causadas pelos tipos mais perigosos do vírus, especialmente os que causam câncer.

Ela não trata infecções já existentes, mas sim impede que a pessoa se infecte ou desenvolva doenças associadas ao HPV no futuro.

Tipos de HPV cobertos pelas vacinas:

Existem dois tipos principais de vacinas contra o HPV:

  • Bivalente (Cervarix): Protege contra os tipos 16 e 18 – responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero.
  • Quadrivalente (Gardasil): Protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 – prevenindo tanto o câncer quanto as verrugas genitais.
  • Nonavalente (Gardasil 9): Protege contra nove tipos de HPV, oferecendo proteção mais ampla. Ainda não disponível na rede pública no Brasil, mas autorizada para uso em alguns países.

No Brasil, o SUS disponibiliza a vacina quadrivalente, que já oferece ampla proteção contra os tipos mais comuns e perigosos do HPV.

Quais doenças a vacina HPV previne?

A vacina HPV é capaz de prevenir:

  • Câncer do colo do útero (o terceiro tipo de câncer mais frequente entre as mulheres brasileiras)
  • Câncer de vulva e vagina
  • Câncer anal
  • Câncer de pênis
  • Câncer de orofaringe
  • Verrugas genitais (condilomas)

Ou seja, não é uma vacina apenas para mulheres. Homens também se beneficiam diretamente da vacinação, tanto pela prevenção do câncer quanto pela proteção contra verrugas e a redução da transmissão do vírus.

Quem deve tomar a vacina HPV?

Pelo SUS (Sistema Único de Saúde – Brasil):

  • Meninas e meninos de 9 a 14 anos
  • Pessoas imunossuprimidas de 9 a 45 anos (vivendo com HIV/AIDS, transplantadas ou em tratamento de câncer)
  • Pacientes em tratamento para lesões causadas pelo HPV

Na rede privada:

  • Pode ser administrada para pessoas de até 45 anos (em alguns países, até 55 anos), com prescrição médica.

O ideal é que a vacinação ocorra antes do início da vida sexual, pois a eficácia é maior quando a pessoa ainda não teve contato com o vírus.

Esquema de vacinação

O número de doses varia conforme a idade e o estado de saúde:

  • 2 doses para crianças e adolescentes saudáveis entre 9 e 14 anos (intervalo de 6 meses).
  • 3 doses para imunossuprimidos ou pessoas com mais de 15 anos (intervalo de 0, 2 e 6 meses).

A proteção se inicia algumas semanas após a segunda dose e é duradoura, com estudos mostrando eficácia por mais de 10 anos.

A vacina HPV é segura?

Sim. A vacina contra o HPV é segura e amplamente estudada. Desde que começou a ser aplicada, mais de 300 milhões de doses já foram administradas no mundo.

Os efeitos colaterais são, em sua maioria, leves e passageiros, como:

  • Dor ou inchaço no local da aplicação
  • Febre baixa
  • Mal-estar leve

Reações graves são extremamente raras. As vacinas passaram por rigorosos testes antes de serem aprovadas e são monitoradas continuamente pelas agências de saúde.

Por que algumas pessoas têm medo ou recusam a vacina?

A vacina HPV, infelizmente, sofre com mitos e desinformação, o que contribui para baixas taxas de cobertura vacinal.

Alguns dos equívocos mais comuns incluem:

  • “A vacina incentiva a vida sexual precoce” → FALSO: Diversos estudos mostram que a vacinação não altera o comportamento sexual.
  • “A vacina causa infertilidade” → FALSO: Não há nenhuma evidência científica que relacione a vacina a problemas de fertilidade.
  • “Meu filho é menino, não precisa” → FALSO: Meninos também podem ter câncer causado pelo HPV e transmiti-lo a outras pessoas.

A vacinação contra o HPV é uma forma de cuidar da saúde no presente e no futuro. É um ato de responsabilidade e amor.

Vacinar-se é um direito e um dever

O câncer de colo do útero, por exemplo, é altamente evitável com a vacinação e com o acompanhamento ginecológico adequado (como o exame de Papanicolau). No entanto, ainda mata milhares de mulheres por ano no Brasil.

Se pudéssemos evitar o câncer com uma simples vacina, por que não faríamos isso?

Vacinar-se contra o HPV é uma escolha inteligente, segura e baseada na ciência. É também um passo essencial para quebrar o ciclo de transmissão do vírus na sociedade.

A vacina contra o HPV é uma das ferramentas mais eficazes que temos hoje para prevenir diferentes tipos de câncer e verrugas genitais. Sua aplicação é simples, segura e oferecida gratuitamente pelo SUS para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos.

Quanto mais cedo a vacina é tomada, maior sua eficácia. Por isso, pais, mães e responsáveis devem ficar atentos ao calendário de vacinação e garantir essa proteção aos seus filhos.

Além disso, é papel da sociedade como um todo combater a desinformação, apoiar campanhas de vacinação e valorizar a prevenção como um investimento na saúde e no futuro.

Vacinar-se contra o HPV é mais do que um cuidado individual: é um compromisso com uma geração livre de cânceres evitáveis.

Tudo o que você precisa saber sobre a vacina BCG

Quando falamos sobre as primeiras vacinas que uma pessoa recebe na vida, a vacina BCG quase sempre está entre as mais conhecidas. Administrada ainda na maternidade, essa vacina carrega décadas de história no Brasil e no mundo. 

Mas, afinal, para que serve a vacina BCG? Por que ela é tão importante, mesmo em um tempo em que tantas outras vacinas surgem contra diferentes doenças?

Neste artigo, vamos explicar de forma clara para que serve a vacina BCG, como ela funciona, quem deve tomar, seus efeitos colaterais, e por que ela continua sendo fundamental na saúde pública, mesmo com as mudanças no cenário global de doenças infecciosas.

O que é a vacina BCG?

A sigla BCG significa Bacillus Calmette-Guérin, em homenagem aos pesquisadores franceses Albert Calmette e Camille Guérin, que desenvolveram a vacina em 1921. Ela é feita a partir de uma bactéria viva atenuada (enfraquecida) chamada Mycobacterium bovis, que é similar ao Mycobacterium tuberculosis, causador da tuberculose.

A vacina não causa a doença, mas estimula o sistema imunológico a se defender caso entre em contato com o verdadeiro agente da tuberculose.

Vacina bcg para que serve?

A vacina BCG é usada principalmente para prevenir formas graves de tuberculose, como:

  • Tuberculose miliar (uma forma disseminada da doença, que afeta vários órgãos ao mesmo tempo).
  • Meningite tuberculosa (inflamação das meninges causada pelo bacilo da tuberculose, especialmente grave em crianças pequenas).

Embora a vacina não impeça totalmente a infecção pulmonar causada pela tuberculose, que é a forma mais comum da doença, ela reduz significativamente o risco de complicações severas e mortes em crianças.

Qual é a importância da vacina BCG?

A tuberculose ainda é uma das doenças infecciosas mais letais do mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento, a doença persiste em países em desenvolvimento — incluindo o Brasil — devido a fatores como:

  • Desigualdade social.
  • Falta de acesso a serviços de saúde.
  • Más condições de moradia e saneamento.
  • Infecções associadas, como HIV.

A vacina BCG, por ser de baixo custo e fácil aplicação, continua sendo essencial para a prevenção, principalmente em recém-nascidos e crianças pequenas, que estão mais vulneráveis às formas graves da doença.

Quem deve tomar a vacina BCG?

Recomendações do Ministério da Saúde (Brasil):

  • Todos os recém-nascidos, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade.
  • Caso não tenha sido aplicada ao nascer, pode ser administrada até os 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade.
  • Crianças maiores e adultos não são vacinados rotineiramente, a não ser em situações específicas de risco, como profissionais de saúde ou pessoas que convivem com pacientes com tuberculose ativa.

Importante:

A vacinação não é repetida. Uma única dose é considerada suficiente para a proteção. Antigamente, era comum revacinar, mas hoje sabe-se que a segunda dose não traz benefício adicional.

Como é a aplicação da vacina?

A vacina BCG é aplicada de forma intradérmica, ou seja, na pele do braço direito, de forma superficial. Isso é feito por um profissional de saúde capacitado, normalmente em maternidades ou unidades básicas de saúde.

Após a aplicação:

  • Surge uma pequena pápula (elevação da pele).
  • Com o tempo, pode formar uma feridinha que se transforma em uma cicatriz característica da vacina.
  • Essa cicatriz não deve ser motivo de preocupação — é esperada e indica que a vacina foi eficazmente administrada.

Efeitos colaterais da vacina BCG

De maneira geral, a BCG é muito segura. Os efeitos colaterais mais comuns incluem:

  • Vermelhidão e inchaço no local da aplicação.
  • Formação de uma úlcera pequena, que cicatriza espontaneamente em algumas semanas.
  • Formação de linfonodos (ínguas) axilares, que desaparecem sozinhos na maioria dos casos.

Em raríssimos casos, podem ocorrer reações adversas graves, como infecção no local da aplicação, abscesso ou disseminação da bactéria (especialmente em imunossuprimidos). Por isso, é importante respeitar as contraindicações.

Quem não deve tomar a vacina BCG?

Apesar de ser segura, existem situações em que a BCG não deve ser aplicada:

  • Recém-nascidos com peso inferior a 2 kg: a vacinação é adiada até que atinjam peso adequado.
  • Pessoas com imunodeficiência, incluindo:
    • Pacientes com HIV sintomático.
    • Uso de medicamentos imunossupressores (como quimioterapia ou corticoides em altas doses).
  • Crianças com doenças de pele graves no local de aplicação.
  • Recém-nascidos de mães HIV-positivas devem ser avaliados individualmente, pois podem ter maior risco de efeitos adversos.

A vacina BCG ainda é necessária hoje em dia?

Essa é uma pergunta comum, especialmente entre pais preocupados com a quantidade de vacinas aplicadas logo após o nascimento. A resposta é sim — a vacina BCG ainda é extremamente necessária, principalmente no Brasil e em outros países com alta prevalência de tuberculose.

Mesmo com avanços no tratamento e controle da doença, o Brasil ainda registra dezenas de milhares de casos de tuberculose por ano

Além disso, a BCG tem um papel importante na redução da mortalidade infantil por doenças infecciosas graves.

Em países onde a tuberculose foi praticamente erradicada, como os Estados Unidos e alguns países da Europa, a vacinação com BCG não é mais obrigatória. Porém, no Brasil, ela continua fazendo parte do Calendário Nacional de Vacinação.

Curiosidades sobre a vacina BCG

  • A cicatriz deixada pela BCG é tão característica que já foi usada em estudos para estimar cobertura vacinal em populações.
  • O Brasil é um dos países que produz a vacina BCG, por meio da Fundação Ataulpho de Paiva (Fiocruz).
  • A vacina BCG também tem sido estudada por possíveis efeitos protetores contra outras doenças, como hanseníase, infecções respiratórias e até COVID-19 (embora ainda sem evidência conclusiva).

A vacina BCG é um dos pilares da saúde pública infantil no Brasil. Sua principal função é proteger as crianças contra formas graves de tuberculose, como meningite e tuberculose miliar, que podem ser fatais.

Apesar de ser uma vacina centenária, ela continua sendo extremamente relevante, especialmente em países onde a tuberculose ainda é um problema de saúde pública. Aplicada logo nos primeiros dias de vida, a BCG oferece uma proteção fundamental e duradoura.

Se você é pai ou mãe, ou está esperando um bebê, lembre-se: a BCG é uma das primeiras defesas que seu filho terá contra doenças graves. Converse com o pediatra, verifique o Cartão de Vacinação e garanta essa proteção desde o início da vida.